sexta-feira, 17 de abril de 2009

Conclusão


Os impactos de amor não são poesia
A memória infantil e o outono pobre
vazam no verso da nossa urna diurna.

Que é poesia, o belo? Não é poesia,
e o que não é poesia não tem fala.
Nem o mistério em si nem os velhos nomes
poesia são: coxa, fúria, cabala.

Então desanimamos. Adeus, tudo!
A mala pronta, o corpo desprendido,
resta a alegria de estar só, e mudo.
De que se formam nossos poemas? Onde?Que sonho envenenado lhes responde,

se o poeta é um ressentido, e o mais são núvens?