segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Mulheres

Vampira, suga nosso sangue
Nosso poder, nosso medo
Vampira que nos domina sem pena
Com os lábios doces e vermelhos
O doce sabor, o doce mel do sangue.

Águia, com o seu olhar penetrante
Ronda, finca unhas, presas mortas somos
Águia, nos encobre com asas de carinho
Nos machuca e nos ama.

Leoa, mulher e fera a devorar
Caça, devora a presa sem pudor
Leoa, ataca sem medo como mãe
Felina sem doçura, apenas, respiração feroz
Garras afiadas a te perceguir.

Somos dentre máscaras, mulheres
Debaixo, mulheres, acima, feras
Marcadas pelos passos sangrentos do amor
Amigas, feras, mulheres enfim.

Por: Kelly Prado

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Caralho de Mundo


Hoje, vinha eu da escola calçada por um par de tênis de marca e com os cabelos bem penteados.

Subi a rua com a testa suando, culpa daquele curta-metragem de arte que foi filmado numa câmera digital que custou no mínimo R$500,00. Meu estômago reclamava, haviam duas horas e meia que eu não botava nada na boca.

Vinha eu pensando na minha vidinha sofrida de ter que ir trabalhar depois da aula á que estava muito cansada, quando ouvi em alto e em bom som a voz esganiçada de uma mulher. Ela gritava:

_Tem droga aqui? Tem droga aqui?

Acordei dos meus hipócritas pensamentos e a minha visão captou uma mulher descalça, que usava roupas sujas, surradas e tinha os cabelos curtos e ásperos na cabeça. Essa tal mulher, levava em suas costas um saco de mais ou menos um metro e meio. E minha visão assustada pela imagem da mulher captou quando aquele ser, euforicamente, arremeçou o saco, escancarando-o, deixando à mostra garrafas, latinhas e papelão.

Os gritos da mulher eram cada vez mais fortes, enquanto as pessoas que ali estavam, berravam insultos a seu respeito.


_Sua bêbada!

_Louca!

_Vai trabalhar vagabunda!

_Sua doida!

A mulher parecia não ouví-los, ignorava-is e continuava a gritas e a balançar seu humilde saco.

Eu, diante da situação, passei o mais rápido possível pelo local, para que nenhum objeto reciclável não acertasse, impropositalmente, minha cabeça.

E a mulher a berrar:

_ Tem droga aqui? Tem? Onde? Tem droga aqui?

Confesso eu, vermelha de vergonha da minha estupidez, que quando ultrapassei a mulher, nem olhei para trás, assustada ta

lvez.

Então mais uma vez a mulher gritando, enquanto subia a outra rua, deixando para tras todo o seu material de trabalho.

_Carai de mundo! Carai de mundo!

Ao ouvir isso, queria eu correr até a mulher e abraçá-la. Não por ela estar no lugar onde estava, não por ela ser uma catadora, mas sim, por ela ser uma de nós que percebeu onde estamos. Queria eu abraçá-la e dizer:

_Sim, estamos num caralho de mundo!



Então leitor, deixo uma pergunta pra você:
Como está a sua vidinha de merda?

Na Sua Estante

It's really worth?
Suffering from the smile of the beloved?
It's really worth?
Tell me, sweetie.

I cut of smile of another.
It's really worth?
Now it hurts.
The wound burns.
And you sweetie, do you care?

I want you to deny it.
I want to look into my eyes and dany it.

Stop playing with my sentimental.
If he knew, would do the same for me?
Look into my eyes and answer!
He would do?

I'm what you're sweetie.
And you're so distant, so distant...
Then deny, deny that he did not notice my eyes.

You're far away for me.
And I'm tired of it all.
Wanna find paradise at the end of the tunnel
The tunnel Rock!

I'm dying for your look.
And if I brake down?
This ir really worth it?
Scream for me, baby! Scream!

I wanna surffer. Or not?
But I have, and hurts the brand.
And suffering is born of my darkets smile that everyone applauds.
And the wound burns.
And the pain is greater than it seems.
Because a lie very well. And you?
You better lie.
It's really worth, sugar?
Really?