terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um canibal de mim.

Eu miro o canibal que sou.
Eu tiro os óculos pra te olhar.
Eu faço tantos planos, e os meus sonhos são em preto e branco.
Eu me escondo atrás dos que vem depois.
Nessa guerra de dois mundos, onde eu só quero a paz.
Eu queria ver no escuro e deixar de ter medo.
Pra tudo que você me convidar eu vou.
Se você me deixar, eu me tornarei um ser sombrio.
Sem ter por que viver.
Ando tão esgotado.
Minhas mentiras já não fazem sentido nem mesmo a mim.
Eu uso preto, sim eu uso.
Meu dia foi tão ruim e o motivo eu nem mesmo sei.
Eu quero ter calma, eu quero ser a calma.
Eu quero te tocar sem ter medo.
Porque, pra onde você me levar, eu vou.
Eu olho no espelho e miro o canibal que eu sou,
O canibal que eu sou.

Suas manias, seus defeitos, todas as coisas que eu odeio.
Eu amo, sem mentiras.
Sem roupas, sem palavrões.
Um canibal de mim.

Eu ando descalço no meio do lixo.
Eu como carne de gente.
Eu ando entre a gente.
Eu sou gente.
Um canibal de mim.

sábado, 13 de novembro de 2010

Estupre-me, docinho.



Anjo.
Proteja-me.
Fique bem atrás de mim.
Cuide para que eu seja intocável.
Acaricie-me.
Coloque-me entre os seus braços e,

Rape me, sugar.



Leoa.
Cace-me.
Mate-me.
Alimente-se da minha carne podre.
Coloque-me entre suas garras e,

Rape me, sugar.



Vampira.
Morda-me.
Sugue o melhor dos meus sentimentos.
Drene-me.
Deixe-me desfalescida.
Coloque-me entre os seus dentes e,

Rape me, sugar.



Mulher.
Sinta-me.
Ame-me.
Odeie-me.
Deseje me matar. Deseje me comer.
Não viva sem mim.
Coloque-me entre os seus braços e,

Rape me, sugar.


Rape me....