sábado, 20 de agosto de 2011

Juventude

Sou poeta e vivo.
E morro em bebida,
E morro em mulheres.
E morro em bebida,
E morro em lugares.
Sou poeta e vivo.

Sopro as vergonhas da alma,
Suplicando doçura,
Mentindo a cada fala.
E despindo ninfas, e despindo...

O vento vacilante.Toca ou não minha pele?
Oh! Eu que tão pouco sou!
Sou poeta e vivo.

Rogo-lhe uma praga :
Cairás aos meus pés sedento!
E morrerás de poesia, bebendo... e morto caírás!
Que o veneno roubado dos olhos e do sorriso, permita-me despir ninfas... e despir...

Afasto-me da felicidade (e busco a felicidade!)
Num mundo de prazeres sem motivos
Flagro a risada desconcertante,
ataco o meu eu.
Oh! Eu que tão pouco sou!

E se buscares em mim algo certo, encontrarás tudo o que há de errado.
Dos meus desejos incertos de ser o deleite dos seus olhos.
Dos meus desejos incertos de ser o deleite dos seus lábios,
e dentes, e músculos. E sangue excitado!

Beije-me docinho! Beije-me e arranque suspiros.
E gemidos... Oh eu! Oh vida!

Eu que tão pouco sou... Sou poeta...
E vivo.