Vida querida, eu prometo melhorar.
Agora eu devo ir, devo ir
Devo ir pra longe num lugar onde só eu me encontre,
Pois eu não posso respirar.
Vim caminhando
De barro atolado até a cintura
Algo me aperta, sufocando-me
Decepção. Eu gritaria...
Mas os olhos ao meu redor estão surdos,
E nus.
Um veneno gelado percorre minhas veias,
E que caia o sol por sobre a minha cabeça
Minhas asas estarão feridas...
E a sua alma, de dor, gritará o meu nome.
Eu sou um otário!
Por lutar pelos meus sonhos;
Por sangrar os olhos meus;
Por pular a fogueira.
O ser humano é um bicho que come
Insensível demais, triturando o próximo
E vive sem coração. Como vive sem coração?
É como aço perfurando as minhas entranhas...
Afastem de mim os espelhos
Tenho vergonha do que vejo.